sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Solução termodinâmica X sequestro de carbono


As propostas apresentadas para solucionar o problema do aquecimento global podem ser separadas em duas categorias:
1. Ideias baseadas no sequestro do carbono – Como exemplos, teríamos o reflorestamento e a produção de algas nos oceanos. Estas soluções, apesar de teoricamente corretas, são soluções de longo prazo e na prática parecem inviáveis: o reflorestamento porque é contrário aos interesses econômicos do sistema capitalista, e, no caso da produção de algas, teríamos ainda a preocupação relacionada com o equilíbrio ecológico.
2. Soluções de natureza termodinâmica – Por exemplo, as que se relacionam com o aumento da reflexão dos raios solares, com a colocação de milhares de espelhos em órbita ou a pulverização de enxofre na estratosfera. Estas soluções também são inviáveis e, no caso da pulverização do enxofre, teríamos um verdadeiro crime ambiental com a produção de chuva ácida. Estas soluções termodinâmicas são sintomáticas porque na realidade elas não resolvem o problema em suas causas.
A minha proposta para abaixar a temperatura média da atmosfera é do tipo termodinâmico, logo não é uma solução de fato e teria de ser complementada a longo prazo com o reflorestamento e a diminuição de emissão de carbono.
Refrigeração dos mares tropicais
A ideia é muito simples e fico admirado por não ter sido ainda apresentada.
Como todos sabem, o clima da Terra é determinado, entre outras causas, pelas correntes oceânicas quentes e frias. No caso das correntes quentes, elas determinam a formação de correntes atmosféricas de convecção, formando os chamados ventos alísios. Estes ventos, por sua vez, são os principais responsáveis pela formação dos desertos. Além disso, as correntes quentes são as responsáveis pela formação de tufões e furacões e indiretamente são também a causa dos tornados. Isso ocorre quando uma grande superfície do oceano fica aquecida a temperaturas acima de 27 °C. O que poucos sabem é que poucas centenas de metros abaixo das correntes quentes, as águas oceânicas são extremamente frias (aproximadamente de 6 ° C a 1.000 metros de profundidade); logo, para resfriar as águas superficiais muito aquecidas, o que devemos fazer é apenas bombear uma grande quantidade dessa água gelada e despejá-la por cima das correntes quentes!
Parece fácil, mas, como o volume de água nas correntes oceânicas é enorme (da ordem de dezenas de milhões de metros cúbicos por segundo), seriam necessárias centenas ou milhares de plataformas marítimas bombeadoras, estrategicamente situadas, para se conseguir abaixar de uns poucos graus Celsius a temperatura superficial dos oceanos, mas teoricamente isso é possível. A tecnologia necessária para tal empreendimento existe há mais de um século. O custo extremamente elevado dessa máquina (centenas de bilhões de dólares) seria compensado rapidamente pelo fim dos furacões. Os países que sofrem mais com os furacões são países ricos como China, Estados Unidos, Japão, México, Índia. Então os mais ricos são também os maiores interessados em resolver o problema. A atmosfera também resfriaria a médio prazo. Os ventos alísios enfraqueceriam e, com a consequente diminuição da área desértica, teríamos também um sequestro de carbono adicional.
Por que essa proposta é ecologicamente correta?
A temperatura média dos oceanos é de aproximadamente 3,5 °C, enquanto a temperatura média na superfície é de 17 °C. Isso significa que a maior parte dos oceanos se encontra a temperaturas abaixo de 3,5 °C, na verdade uma grande parte dele se encontra a cerca de 2,5 °C, ou seja, ao resfriarmos as águas da superfície (em de cerca de 2 a 3 °C), teremos um aumento de temperatura das águas geladas de poucos décimos de grau. Isso com certeza não causará nenhum problema ambiental. Devemos nos lembrar também que a temperatura média dos oceanos nunca esteve tão baixa nos últimos 10 milhões de anos.
Antecipando críticas e dúvidas
1. O calor produzido pelas estações de bombeamento não seria prejudicial para o meio ambiente?
Não, porque esse calor seria dissipado na própria água gelada utilizada no processo. Esse calor produziria um aumento da temperatura média de uns poucos décimos de grau, e levaria séculos para isso acontecer.
2. Qual seria a fonte de energia utilizada para o procedimento?
Teríamos de utilizar a energia nuclear, apesar de isso causar constrangimento nos ambientalistas mais radicais. Não faz sentido gerar essa energia com fontes de combustível fóssil.
3. Quem pagaria essa conta?
Com certeza seria quem tem o dinheiro (Estados Unidos, FMI, ONU, China, Japão, etc.) e o interesse em resolver o problema. As companhias de seguro poderiam ajudar já que elas se beneficiariam diretamente.
4. Essa sua ideia é original e está patenteada?
Acredito que a ideia ainda não tenha sido apresentada, pois, se tivesse, com certeza já estaria sendo discutida. Não encontrei nada na internet. A ideia está registrada em cartório apenas para garantir o meu crédito como inventor e aqui a estou colocando em domínio publico. Essa questão é de interesse de toda a humanidade e também de todos os seres vivos do planeta. Seria até antiético querer vender essa ideia.
5. Como seria construída essa supermáquina?
Poderia ser construída de várias maneiras, mas basicamente seria um alinhamento de centenas de plataformas marítimas (uma a cada 500 metros), devidamente localizadas e ancoradas, com geradores de energia e turbinas de bombeamento, dessas que se utilizam em usinas hidrelétricas. Poderiam ser utilizados também navios construídos para essa finalidade ou adaptados. A sucção das águas geladas seria feita por tubos de vários metros de diâmetro e com aproximadamente 1.000 metros de profundidade.
6. Esse procedimento de captação de águas profundas não poderia arrastar o lodo submarino causando um impacto ambiental?
Não, porque os depósitos de matéria orgânica se encontram a 4.000 metros de profundidade e a ideia é utilizar as águas que se encontram a 1.000 metros. O sistema poderia também ser utilizado para efetuar essa dispersão de nutrientes, mas isso teria de ser feito com muito critério e monitoramento. A possibilidade de se aumentar a produção de peixes é muito interessante e não deve ser descartada.
7. Esse procedimento não poderá interferir no sistema de correntes termo-halinas?
Isso teria de ser monitorado, mas acredito que não, porque a quantidade de água utilizada seria insignificante em comparação com a do oceano.

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